O quanto e como damos é a medida do que recebemos. O banco da vida é justo e nos devolve o mesmo que antes depositamos. São Paulo nos adverte, baseado em sua própria experiência: "O que alguém tiver semeado, é isso que vai colher. Quem semeia na sua própria carne, da carne colherá corrupção; quem semeia no espírito, do Espírito colherá a vida eterna" (Gal 6, 7-8).
No Cânion do Colorado, um pai passeava com seu filho de sete anos. A manhã estava quente e o sol resplandecia num céu aberto. De repente, o pequeno cai, machuca o joelho e grita: “aaaaaahhhhh!!”
Para sua surpresa, ouve uma voz oculta que também se queixa: “aaaaaaaaahhhhhhh!!”
Curioso o menino grita: “Quem está aí?”
Das profundezas do Cânion, uma voz lhe faz a mesma pergunta: “Quem está aí?”
Irritado com a resposta anônima, o menino grita: “Covarde, por que se esconde?”.
Do outro lado, alguém lhe responde agressivamente: “Covarde, por que se esconde?”.
O menino olha para o pai e pergunta: “Que acontece?”.
O pai sorri e lhe diz: “Meu filho, preste atenção”.
Então, o pai grita para a montanha: “Te admiro”.
Do fundo do Cânion, alguém lhe confessa várias vezes: “te admiro, te admiro, te admiro”.
Mais uma vez o homem exclama: “És um campeão”.
A voz lhe responde: “És um campeão, campeão, campeão”.
O pai sussurra em voz baixa: “Te amo”.
A voz lhe responde com suavidade: “Te amo, te amo, te amo”.
O pequeno fica espantado, porém, não entende.
O pai lhe explica olhando em seus olhos: “Nós chamamos isso de eco, filho, porém, na realidade, é a vida”.
E acrescenta em voz alta: “Ela te devolve o que diz ou faz...”
Cada um colhe e recebe o que tem semeado e feito.