Os desafios num relacionamento são comuns, fazem parte do relacionar-se mesmo, enriquecem o casal.
Todavia, é importante perceber que determinados comportamentos devem ser trabalhados, com vistas a preservar a própria relação, sob pena de comprometerem algo tão sério e fundamental: a estima do outro.
Alguns desses comportamentos que desrespeitam o outro e ferem o relacionamento são:
1) Violência verbal;
2) Invasões na intimidade;
3) Não aceitação de opiniões diferentes;
4) Controle, mesmo que à distância, da rotina do outro;
5) Imposição de comportamentos, atitudes, posturas ao outro.
Infelizmente, o destempero em discussões pode ocasionar o uso de palavras de baixo calão (palavrões), aumento no volume da voz (até mesmo gritos), utilização de sarcasmos, ironias, zombarias ou escárnios. Tudo isto fere não somente a sensibilidade do outro, mas também sua dignidade de ser humano. Macula o coração da pessoa amada, a qual se vê num terrível dilema, que se expressa neste tipo de questionamento: “Se ele(a) diz que me ama, como pode me tratar assim ?”
Outro sentimento experimentado pela pessoa que sofre tais desrespeitos é a perda considerável da estima pelo outro. Passa-se rapidamente da admiração à fuga, ao distanciamento, como uma postura natural de defesa. Aliás, permanecer próximo do(a) agressor(a) é visto pelo(a) ofendido(a) como um enorme risco de sofrer uma nova agressão. Chega-se então ao medo, até ao pavor!
Como, então, restabelecer a harmonia ?
É um trabalho inicialmente feito pelo(a) agressor(a) em si mesmo. Reconhecer que o desrespeito verbal tira-lhe toda e qualquer razão na discussão é o primeiro passo. Mais ainda: quem está na verdade não necessita agredir, gritar, exaltar-se, muito menos desrespeitar o outro. O(a) ofensor(a) deve assim proceder a uma auto-análise honesta, sem justificativas, à luz da Verdade. Feito isto, no momento oportuno, em que os ânimos não estão mais acirrados, um diálogo franco no qual se apresenta um sincero pedido de perdão é bastante salutar. Aqui não é o lugar para se rediscutir nada! É a hora da humildade, de reconhecer a verdade e de expô-la sem máscaras.
Há situações em que o pedido de perdão deve vir acompanhado por um pedido de ajuda, visto que não é fácil mudar-se sozinho. Neste ponto, a pessoa ofendida pode contribuir bastante para o enriquecimento da relação, complementando o outro naquilo que lhe falta. Isto é amar!
Contudo, existem casos em que se precisa de uma ajuda externa, de uma psicoterapia, por exemplo. Isto é amar também!
Por fim, é óbvio que somente aquele que ama perfeitamente pode nos fazer novos. Buscar Deus, sua presença, seu amor leva-nos a amar o outro com o verdadeiro amor.
Shalom!
Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
Fonte: Anúncio da Verdade
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Álvaro Amorim.
Consagrado na Comunidade Católica Shalom.
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