quinta-feira, 11 de março de 2010

A ORAÇÃO VISTA COMO FORMA DE PENITÊNCIA

"...A virtude da penitência deve ser adquirida com muito esforço e persistência. Todos sabemos disto, embora nem sempre queiramos nos convencer desta realidade.

Nem sempre é fácil rezar, é necessário uma renúncia constante de outros valores e atividades, às vezes muito mais agradáveis. É um momento de encontro com o invisível que nos chama à intimidade com Ele. Exige uma força de vontade não indiferente para sermos fiéis à nossa oração pessoal, comunitária e litúrgica. Todos os dias participar da Eucaristia, rezar o terço... são formas de fidelidade que revelam um caráter que se formou na escola dos profetas e dos santos. Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz sobre este aspecto apresentam um caminho de esvaziamento, de renúncia sem o qual não será possível chegar à plenitude de Deus.

“Os que começam a ter oração apanham a água do poço, o que é muito trabalhoso...” (Santa Teresa, V 11,7-9).

“Amado meu, todo o áspero e trabalhoso quero para mim, e, para ti, tudo quanto é suave e saboroso” (São João da Cruz, D 129)..."



Frei Patrício Sciadini, ocd.

Fonte:
Revista Shalom Maná - Edições Shalom