É na quaresma que somos convidados a “domar” nossos impulsos, e as penitências que assumimos nesses dias, em muito podem colaborar para a conversão daquelas coisas que em nós não estão de acordo com a vontade de Deus para o nosso bem e o bem do próximo.
Mais talvez não sejam necessárias as grandes penitências que muitas vezes buscamos mais que só contribuem para o enriquecimento do nosso próprio ego. Talvez o que realmente precisamos são aquelas pequenas mortificações, que as circunstâncias nos providenciam e quase sempre deixamos passar despercebidas.
A própria penitência da convivência fraterna, onde nos permitimos galgar um pouco mais de paciência nos relacionamentos; onde muitas vezes podemos sacrificar palavras que pensamos justas, mais não são oportunas em certos momentos. Enfim, os pequenos sacrifícios interiores que tanto agradam a Deus, e tanto bem produzem em nossas vidas.
Se descobrirmos nessa quaresma o verdadeiro valor da penitência, e se colocarmos em pratica na nossa vida, aquelas ricas palavras do final do capitulo sexto do evangelho de São João, onde Jesus nos ensina o valor da oração e do sacrifício no oculto, onde o Pai que está no céu vê, e só Ele vê.
Esse tempo quaresmal tem um sentido todo particular, que visa prepare-nos para a grande festa da páscoa, com seu ápice no tríduo pascal. Vivamos pois com entusiasmo esses dias, e com tanto mais ardor os mistérios da paixão, morte e feliz ressurreição de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo.