Imagem Por Abdullah AL-Naser
by adrianozandona
O namoro, como tudo na vida, é construção. É uma realidade que vai se edificando aos poucos, através de escolhas e atos que vamos assumindo no descortinar de cada experiência. Por isso, para que um relacionamento – como o namoro – seja bem construído, é preciso que cada uma das partes envolvidas assuma sua devida responsabilidade neste processo de “tornar-se” feliz.
A construção da felicidade requer sensibilidade e muito empenho e, principalmente, nos pequenos detalhes. Quem se descuida das “coisas pequenas” em um relacionamento correrá o sério risco de perder a condução deste, deixando assim que o mesmo que lhe escape às mãos.
Todo relacionamento é como um navio: nele existe um leme com o qual poderemos direcioná-lo, contudo, se não assumirmos tal condução e não segurarmos o leme em todos os momentos da viagem, poderemos perder totalmente a autoridade sobre o curso do navio, tornando-nos até reféns deste.
Para que o namoro seja bem edificado, é preciso que cada um dos que o vivenciam assuma o leme relacional de tal interação, doando-se inteiramente para crescer neste, em cada um de seus dilemas peculiares e de suas respectivas fases.
O crescimento relacional passa por um constante caminho de amadurecimento, tecido por desentendimentos, desencontros, decepções e, acima de tudo, muita reconciliação. A maturidade alcançada em um namoro é fruto direto da disposição que cada um carrega para constantemente superar orgulhos, ciúmes, invejas e, para a cada dia, procurar entender o outro de uma forma nova.
Não existe namoro nem namorado (a) prontos. Existem sim “pessoas” (humanos; em construção) que fazem parte da nossa vida, pessoas estas que são frágeis e limitadas, mas que trazem em si uma enorme possibilidade de ser mais.
Deus sempre nos confia grandes tesouros, porém, em sua forma bruta e natural (como ao diamante quando é encontrado). É necessário que tenhamos a coragem e a paciência para lapidá-los, permitindo também que sejamos moldados e transformados pela força deste maravilhoso processo.
Todos temos defeitos e coisas que irritam aqueles com os quais nos relacionamo. Entretanto, não somos estáticos e ausentes de capacidade de superação, ao contrário, portamos em nós uma profunda capacidade de nos tornamos melhores. Todavia, isso nunca acontecerá sem esforço e muita luta… mas, para quem realmente ama, isto é o mínimo. Não é?
Assumamos com responsabilidade nossa devida parcela na feliz construção de nossos relacionamentos e lutemos, cientes de que, uma enorme importância no curso que estes tomarão dependerá exclusivamente de nós e da direção que lhes impusermos, e isso em cada fragmento do seu “acontecer”.
Deus abençoe o seu namoro!
Adriano Zandoná.